15/10 - Singapore


Não importa se é Aviações Passaredo ou a Qatar Airways, votada pelo quinto ano seguido a melhor companhia aérea do planeta e coisa e tal, comida de avião é comida de avião. E sempre dão um jeito de estragá-la mais ainda acrescentando algum legume onde bem haveria espaço para uns dois pedaços a mais de carne. Mas pelo menos os talheres eram de metal! O dia (ou noite, já nem sei mais por causa do fuso horário) mal começou, e o pau do cu de hoje já vai pro chinês folgado sentado ao meu lado, que achou muito natural ficar assistindo em alto e bom volume um seriado em seu celular, em plena madrugada. De repente é culturalmente aceitável aqui pra estes lados agir assim, então fiquei quietinho, a contragosto. O brasileiro que estava no fim da fileira não, reclamou com o aeromoço, e o chinês provavelmente ficou achando que fui eu.


Finalmente, depois de sofrer um tanto para comprar os bilhetinhos de metrô, saímos para o ar livre da cidade. O bafo, ah, o bafo! Aquela coisa úmida e viscosa, salôbra, como se estivéssemos dentro da bolsa de colostomia do Bolsonaro, menos o cheiro.
Depois de chegar, ensopados de suor, ao hotel, descubro que havia nos levado ao lugar errado, de nome semelhante ao daquele onde tinha feito reserva, e então toca a caminhar e suar até o local correto, pulgueirinho enojante encravado no meio da Little India, sem ninguém para nos atender num balcãozinho que fazia as vezes de recepção. Ao procurar saber do atendente, descobri que o hotel correto era ainda um terceiro, de mesmo nome e dono que o segundo, de padrão um pouco melhorzinho, o que, dadas as condições iniciais, também não quer dizer muita coisa. 


O depósito de 20 dólares singapurenses pelas chaves nos deixou sem um puto local no bolso, o que mostrou ser uma problema ao procurarmos algum lugar para jantar, com todos eles fechando às 10 da noite, aqueles que permaneciam abertos tendo à frente pessoas cuja má-vontade só era superada pelo absoluto desconhecimento de qualquer palavra em inglês e que não aceitavam cartões de crédito, débito ou moeda estrangeira. Pau no cu bônus generalizado para todos eles, que, mesmo tocando estabelecimentos em áreas turísticas da cidade que é o corredor de passagem para todo o resto da Ásia, agem como se vivessem em Bacurau. Do Norte.
Acabamos encontrando um restaurante que aceitava cartão, e nos fez um macarrão muito muito muito apimentado. Do qual certamente me lembrarei amanhã.



Comentários

  1. kkk passarinho que come pedra sabe o c... que tem...
    Beba bastante água, se for possível!!
    Boa sorte amanhã e Feliz dia do Professor!! <3

    ResponderExcluir
  2. Larga de ser pão duro e fica num hotel melhor da próxima vez!

    ResponderExcluir
  3. Bacurau... kkkkk. Experiência prática, depois de assistir. 🤣🤣🤣🤣

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

14/11 - São Paulo (epílogo)

11/11 - Doha

08/11 - Perth